A Missa é o ponto mais alto da nossa fé. Nela, Jesus se entrega e torna presente seu sacrifício salvador. Ela é uma grande oração composta de várias orações, assim como o Rosário.
Santo Agostinho dizia que nós devemos ir a Missa:
- Para pedir perdão a Deus
- Para Louvar a Deus
- Para apresentar nossas intenções a Deus
Veja que é bem a estrutura da Missa:
- Ato Penitêncial - nele pedimos perdão pelos nossos pecados
- Hino de Louvor - nesse momento louvamos a Deus
- Oração da Coleta - o Sacerdote apresenta à Deus nossas intenções.
Certamente encontraremos pessoas que vão a Missa sempre, mas não tem uma vida cristã correta. Até mesmo, encontraremos padres que não são verdadeiros exemplos para nossas vidas. No entanto, é por amor a Cristo que devemos nos esforçar para vivermos como Ele viveu. Procuremos ser luz em meio as trevas: se os outros não são fiéis a Deus, que nós nos esforcemos e peçamos a graça de perseverar no caminho correto.
Aqui você vai conhecer um pouco mais sobre cada momento da Santa Missa, para poder celebra-la melhor.
A DIVISÃO DA MISSA
A missa está dividida em quatro
partes:
1. Ritos Iniciais
Comentário Introdutório à missa do
dia, Canto de Abertura, Acolhida, Antífona de Entrada, Ato Penitencial, Hino de
Louvor e Oração Coleta.
2. Rito da palavra
Primeira Leitura, Salmo
Responsorial, Segunda Leitura, Aclamação ao Evangelho, Proclamação do
Evangelho, Homilia, Profissão de Fé e Oração da Comunidade.
3. Rito Sacramental (Este dividido em 3 partes)
1ª Parte - Oferendas:
Canto/Procissão das Oferendas, Orai Irmãos e Irmãs, e Oração Sobre as
Oferendas;
2ª Parte - Oração Eucarística:
Prefácio, Santo, Consagração e Louvor Final;
3ª Parte - Comunhão: Pai Nosso,
Abraço da Paz, Cordeiro de Deus, Canto/Distribuição da Comunhão,
Interiorização, Antífona da Comunhão e Oração após a Comunhão.
4. Ritos Finais
Mensagem, Comunicados da Comunidade,
Canto de Ação de Graças e Bênção Final.
POSIÇÕES DO CORPO
Os gestos são importantes dentro da liturgia. Muitas pessoas não entendem o porque sentamos em alguns momentos da Missa, em outros momentos ficamos de pé, de joelhos e assim por diante.
Quando estamos sentados,
ficamos em uma posição confortável que favorece a catequese, pois nos dá a
satisfação de ouvir evitando o cansaço; também ajuda a meditar sobre a Palavra
que está sendo recebida.
Quando ficamos de pé, demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e disposição para obedecer.
Quando nos ajoelhamos ou inclinamos durante a missa, declaramos a nossa adoração sincera a Deus todo-poderoso, indicando homenagem e, principalmente, total submissão a Ele e à sua vontade. O Papa João XXIII dizia que: "O homem só é realmente grande quando está de joelhos diante de Deus".
Ao juntarmos as mãos, mostramos confiança e fé em Deus.
Quando ficamos de pé, demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e disposição para obedecer.
Quando nos ajoelhamos ou inclinamos durante a missa, declaramos a nossa adoração sincera a Deus todo-poderoso, indicando homenagem e, principalmente, total submissão a Ele e à sua vontade. O Papa João XXIII dizia que: "O homem só é realmente grande quando está de joelhos diante de Deus".
Ao juntarmos as mãos, mostramos confiança e fé em Deus.
O que é a Missa?
1. A Missa é ação de graças
A missa também pode ser chamada de eucaristia, ou seja, ação de graças. E a partir da passagem do servo de Abraão pudemos ter uma noção do que é uma oração eucarística ou de ação de graças. Pois bem, esta atitude de ação de graças recebe o nome de berakah em hebraico, que traduzindo-se para o grego originou três outras palavras: euloguia, que traduz-se por bendizer; eucharistia, que significa gratidão pelo dom recebido de graça; e exomologuia, que significa reconhecimento ou confissão.
Aí você se pergunta: "Mas quem dá graças a quem?" Graças seriam dons, então a pergunta ficaria: "Quem dá dons, quem dá bênçãos a quem?" Podemos responder que Deus dá graças a si mesmo, já que sendo uma comunidade
perfeita o Pai (Deus) ama o Filho (Jesus Cristo) e se dá por Ele e o Filho também se dá ao Pai, e
deste amor surge o Espírito Santo. Deus também dá graças ao homem,
pois, Ele não se poupou nem de dar a si mesmo por nós. E em resposta o homem
dá graças a Deus, reconhecendo-se criatura e entregando-se ao amor de Deus. Dá graças a Deus ajudando o seu próximo e cuidando de tudo aquilo que Deus nos confiou.
2.
A Missa é sacrifício
A palavra Sacrifício pode até assustar assim de momento, mas ela é uma palavra que possui a mesma raiz grega da palavra sacerdócio, que do latim temos sacer-dos, o dom sagrado. O dom sagrado do homem é a vida, e esta vem de Deus. Então natureza o homem é um sacerdote. Perdeu esta condição por causa do pecado. Sacrifício, então, significa o que é feito sagrado. O homem torna sua vida sagrada quando reconhece que esta é dom de Deus. Jesus Cristo faz justamente isso: na condição de homem reconhece-se como criatura e se entrega totalmente ao Pai, não poupando nem sua própria vida. Nesse momento, Jesus Cristo, está representando toda a humanidade. Através de Sua morte na cruz dá a chance aos homens e às mulheres de novamente orientarem suas vidas ao Pai assumindo assim sua condição de sacerdotes e sacerdotisas.
3.
A Missa também é Páscoa
A Páscoa foi a passagem da escravidão do Egito para a liberdade, do mesmo modo como a aliança selada no monte Sinai entre Deus e o povo hebreu. O povo hebreu sempre celebrou essa passagem, através da Páscoa celebrada anualmente, das celebrações da Palavra aos sábados, na sinagoga e diariamente, antes de levantar-se e deitar-se, reconhecendo a experiência de Deus em suas vidas e louvando-o pelas experiências pascais vividas ao longo do dia. O povo judeu vivia em atitude de ação de graças, vivendo a todo instante a Páscoa em suas vidas.
RITOS INICIAIS
Instrução
Geral ao Missal Romano, n.º 24:
“Os
ritos iniciais ou as partes que precedem a liturgia da palavra, isto é, cântico
de entrada, saudação, ato penitencial, Senhor, Glória e oração da coleta, têm o
caráter de exórdio, introdução e preparação. Estes ritos têm por finalidade
fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se
disponham para ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente a
Eucaristia”.
1.
Comentário Inicial
Este tem por fim introduzir os fiéis ao mistério celebrado.
2.
Canto de Entrada
“Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os ministros, começa o canto de entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros”(IGMR n.25)
Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compõem o início da missa:
a) O canto
Durante
a Missa, todas as músicas fazem parte de cada momento. Através da música
participamos da Missa cantando (e não apenas assistimos). A música não é apenas um acompanhamento, ela é também nossa forma de louvarmos a
Deus. Por isso, é muito importante que toda assembleia cante todos os cantos.
b) A procissão
Nós somos um povo peregrino, somos o Povo de Deus, que caminha rumo ao coração do Pai. Todas as
procissões têm esse sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que se quer
chegar.
c) O beijo no altar
Durante
a Missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, é no altar que
acontece o mistério eucarístico. O presidente da celebração ao chegar beija o
altar, que representa Cristo, em sinal de carinho e reverência por tão sublime
lugar.
Muitos não sabem, mas o local mais importante de uma igreja é o altar, pois sem ele, as hóstias guardadas no sacrário nunca poderiam estar ali se não houvesse um altar para consagrá-las.
3.
Saudação
a) Sinal da Cruz
Como disse anteriormente, a Missa é uma oração. E o que é uma oração? É uma conversa que temos com Deus. Quando encontramos um amigo e vamos iniciar uma conversa, primeiramente a gente o cumprimenta. Com o sinal da cruz, estamos cumprimentando a Deus nosso amigo no início de nossa conversa com Ele. Pelo sinal da cruz nos lembramos que
pela cruz de Cristo nos aproximamos da Santíssima Trindade.
b) Saudação
Retirada
na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o presidente da celebração e a assembleia se saúdam. O encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de
Deus, mas também é encontro com os irmãos.
4.
Ato Penitencial
Após a saudação, somos convidados a nos colocarmos diante de Deus e pedir à Ele perdão por nossos erros e pecados. Você encontrou com seu amigo, o cumprimentou, e agora antes de iniciar a conversa com Ele, convém pedir perdão por tudo o que fizemos que machucou o coração Dele. Em um momento de silêncio, nos reconhecemos pecadores e necessitados da misericórdia de Deus. Após o reconhecimento da necessidade da misericórdia de Deus, pedimos perdão em forma de ato de contrição: Confesso a Deus Todo-Poderoso... Em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende compaixão de nós... Ou ainda em forma de ladainha: Senhor, que viestes salvar... Após, o sacerdote dá a absolvição. O ato penitêncial pode ser substituído pela aspersão da água, ela nos lembra o nosso compromisso assumido pelo batismo e através do simbolismo da água, pedirmos então para sermos purificados.
É importante você saber que o “Senhor, tende piedade” não pertence necessariamente ao ato
penitencial. Este é rezado após a absolvição do padre. Assim sendo, todas as vezes que o ato penitencial for cantado, após a absolvição do sacerdote devemos reza-lo. Normalmente é o próprio presidente da celebração que vai reza-lo e a assembleia responderá.
5.
Hino de Louvor
É uma espécie de Salmo composto pela Igreja, uma mistura de louvor e súplica, em que a assembleia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. É proclamado nos domingos (exceto os do tempo da quaresma e do advento) e também em celebrações especiais, nas solenidades. Ele pode ser rezado ou cantado, desde que mantenha a letra original e na íntegra.
6.
Oração da Coleta
Chama-se Oração da Coleta, pois, o presidente da celebração coleta as intenções do povo e apresenta a Deus. Normalmente inicia-se com a palavra: Oremos. Nesse momento se dá uma pequena pausa. Encerra
o rito de entrada e introduz a assembleia na celebração do dia.
“Após
o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes,
tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente
seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar de
‘coleta’, a qual a assembléia dá o seu assentimento com o ‘Amém’ final” (IGMR
32).
O
RITO DA PALAVRA
O Rito da Palavra é a segunda parte da Missa, e segunda mais importante, ficando atrás, somente do Rito Sacramental, que é o auge de toda celebração.
Esta parte iniciamos sentados, bem acomodados para podermos prestar atenção, afinal, é o momento em que Deus fala conosco.
Aos domingos e solenidades são feitas três leituras extraídas da Bíblia: geralmente um texto do Antigo Testamento, um texto epistolar do Novo Testamento e um texto do Evangelho de Jesus Cristo. Mas, pode haver em algumas alterações: a 1ª leitura pode ser um texto do Novo Testamento, por exemplo, Apocalipse, e a 2ª leitura, pode ser um texto dos Atos dos Apóstolos. O que se mantém sempre é o Evangelho.
Já durante a semana, normalmente temos uma leitura e o Evangelho.
Aos domingos e solenidades são feitas três leituras extraídas da Bíblia: geralmente um texto do Antigo Testamento, um texto epistolar do Novo Testamento e um texto do Evangelho de Jesus Cristo. Mas, pode haver em algumas alterações: a 1ª leitura pode ser um texto do Novo Testamento, por exemplo, Apocalipse, e a 2ª leitura, pode ser um texto dos Atos dos Apóstolos. O que se mantém sempre é o Evangelho.
Já durante a semana, normalmente temos uma leitura e o Evangelho.
1.Primeira
Leitura
Durante o Tempo Litúrgico chamado Tempo Comum, a Primeira Leitura sempre está ligada ao Evangelho e uma explica a outra. É a Bíblia explicando a Bíblia.
Vemos aí que o Antigo Testamento já previa
a vinda de Jesus e que as profecias se cumpriram em Nele.
É bom lembrar que os textos devem serem proclamados e não apenas lidos. É preciso dar vida à leitura. Quando se ler uma carta de São Paulo, por exemplo, o que o Apóstolo estava sentindo quando a escreveu? É uma exortação ou um puxão de orelha? É preciso transmitir a mensagem de forma correta.
Ao encerrar, o leitor deve exclamar: "Palavra do Senhor!" e a comunidade responde: "Graças a Deus!"
Ao encerrar, o leitor deve exclamar: "Palavra do Senhor!" e a comunidade responde: "Graças a Deus!"
2.Salmo
Responsorial
O Salmo Responsorial é a nossa resposta. Deus nos falou na primeira leitura e agora damos à Ele nossa resposta. Vale lembrar que a oração não é um monólogo, mas sim uma conversa, por isso existe um diálogo nosso com Deus.
O Salmo pode ser rezado ou cantado. No caso de cantado, a assembleia canta junto o refrão e o salmista faz o solo nas estrofes. A forma correta é cantar o refrão 2 vezes no início e no final. Já no meio deve se cantar o refrão apenas uma vez.
3.Segunda
Leitura
Deus nos falou na primeira leitura, nós demos nossa resposta através do Salmo e mais uma vez Ele nos fala na segunda leitura. Os textos são extraídos do Novo Testamento, das cartas escritas pelos Apóstolos (Paulo, Tiago, Pedro, João e Judas).
A segunda leitura termina igual a primeira: o leitor deve exclamar: "Palavra do Senhor!" e a comunidade responde: "Graças a Deus!"
4.Canto
De Aclamação Ao Evangelho
O momento mais importante da Liturgia da Palavra é a Proclamação do Evangelho, pois, nele o próprio Cristo vai nos falar. Inicia-se com um comentário, a comunidade se coloca de pé para aclamar a palavra de Jesus. O Canto de Aclamação normalmente tem a palavra "Aleluia" em sua letra. Aleluia é um termo hebraico que significa
"louvai o Senhor". É um momento de muita alegria.
Vale lembrar que no tempo da Quaresma e do Advento não se canta nem o Hino de Louvor e nem o Aleluia na Aclamação ao Evangelho
Vale lembrar que no tempo da Quaresma e do Advento não se canta nem o Hino de Louvor e nem o Aleluia na Aclamação ao Evangelho
5.Evangelho
Antes de iniciar a leitura do Evangelho, se estiver sendo feito uso de incenso, o sacerdote ou o diácono (depende de quem for ler o texto), incensará a Bíblia e, logo a seguir, iniciará a leitura do texto.
O texto do Evangelho é sempre retirado dos livros canônicos de
Mateus, Marcos, Lucas e João, e nunca poderá ser omitido.
Ao encerrar a leitura do Evangelho, o sacerdote ou diácono exclama: "Palavra da Salvação!" e toda a assembleia responde: "Glória a vós, Senhor!". Neste momento, o sacerdote ou diácono, em sinal de veneração à Palavra de Deus, beija a Bíblia (rezando em silêncio: "Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados") e todo o povo pode voltar a se sentar.
6.Homilia
A homilia, ou o sermão como era chamado, nos recorda justamente o Sermão da Montanha (Mateus 5), quando Jesus subiu o Monte das Oliveiras para ensinar o povo ali reunido. É por isso mesmo que o presbitério é mais alto em relação aos bancos dos fiéis, fazendo alusão à essa passagem.
Na homilia o sacerdote, traz para o presente aquela palavra pregada por Cristo há dois mil anos. Jesus disse: "Quem vos ouve, a mim ouve. Quem vos rejeita, a mim rejeita" (Lucas 10,16). Assim devemos ouvir as palavras do sacerdote que são inspiradas pelo Espírito Santo.
A homilia é obrigatória todos os domingos e nas solenidades da
Igreja. Nos demais dias, ela também é facultativa.
7.Profissão
De Fé (Credo)
Depois da homilia, todos pé rezam o Credo. A Oração do Creio é um resumo da fé Católica.
Durante a Missa se recita o Símbolo dos
Apóstolos, do século I, ou o Símbolo Niceno-Constantinopolitano, do século
IV. O primeiro é mais curto, mais simples; o segundo, redigido para eliminar
algumas heresias a respeito da divindade de Cristo, é mais longo e mais completo.
Normalmente usa-se o segundo nas grandes solenidades da Igreja.
8.Oração Da Comunidade
A Oração da Comunidade ou Oração dos Fiéis, encerra o Rito da Palavra. Aqui a comunidade apresenta suas súplicas ao Deus e intercede por todos os homens.
Alguns pedidos não devem ser esquecidos pela comunidade:
- As necessidades da Igreja.
- As autoridades públicas.
- Os doentes, abandonados e desempregados.
- A paz e a salvação do mundo inteiro.
- As necessidades da Comunidade Local
A introdução e o encerramento da Oração da Comunidade devem ser feitas pelo sacerdote. Se possível, devem ser feitos de forma espontânea. As preces podem ser feitas pelo comentarista, mas é recomendável que sejam feitas pela equipe de Liturgia, ou ainda pelos próprios fiéis. Cada prece deve terminar com expressões como: "Rezemos ao Senhor", entre outras, para que a comunidade possa responder com: "Senhor, escutai a nossa prece" ou "Ouvi-nos, Senhor”.
Quando o sacerdote conclui a Oração da Comunidade, a assembleia
encerra com um: "Amém!".
RITO SACRAMENTAL
Na liturgia eucarística atingimos o ponto alto da celebração. Aqui a Igreja irá tornar presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação. Não é outro sacrifício, mas sim de trazemos à nossa realidade a salvação que Deus nos deu. Aqui nesta parte a Igreja eleva ao Pai, por Cristo, sua oferta e Cristo dá-se como oferta por nós ao Pai, trazendo-nos graças e bênçãos para nossas vidas.
É durante a liturgia eucarística que vemos a Missa como uma ceia, pois, vemos todos os elementos que compõem uma:
- Temos a mesa - a mesa da Palavra e a mesa do pão.
- Temos o pão e o vinho, alimentos sólidos e líquidos presentes em uma ceia.
No início da Igreja a Eucaristia era celebrada em uma ceia fraterna. Mas, como foram ocorrendo alguns abusos, (Paulo fala sobre isso a Primeira Carta aos Coríntios). Aos poucos foi sendo inserida a celebração da Palavra de Deus antes da ceia fraterna e da consagração. E já no século II a liturgia da Missa apresentava o esquema que tem hoje em dia.
A liturgia eucarística divide-se em: apresentação das oferendas, oração eucarística e rito da comunhão. Vejamos cada uma:
1. Apresentação das Oferendas
Conhecida como ofertório, esta parte da Missa é apenas uma apresentação dos dons que serão ofertados junto com o Cristo durante a consagração.
Como na maioria das Missas esse momento é cantado, não podemos ver o que acontece durante esse parte da celebração. Vamos entender melhor para que nossa celebração tenha maior sentido.
O Pão e o Vinho
O que significam o pão, o vinho e a água?
Esses foram os elementos utilizados por Cristo na última ceia, mas eles tem um significado especial:
1) O pão e o vinho representam a vida do homem, o que ele é, já que ninguém vive sem comer nem beber;
2) Representam também o que o homem faz, seu trabalho;
3) Em Cristo o pão e o vinho adquirem um novo significado, tornando-se o Corpo e o Sangue de Cristo. Como podemos ver, o que o homem é, e o que o homem faz adquirem um novo sentido em Jesus Cristo.
E a
água? Durante a apresentação das oferendas, o sacerdote mergulha algumas gotas
de água no vinho. E o porquê disso? Sabemos que no tempo de Jesus os judeus
bebiam vinho diluído em um pouco de água, e certamente Cristo também devia
fazê-lo, pois era verdadeiramente homem. Por outro lado, a água quando
misturada ao vinho adquire a cor e o sabor deste. Ora, as gotas de água
representam a humanidade que se transforma quando diluída em Cristo.
Os
tempos da preparação das oferendas:
a) Preparação do altar
“Em
primeiro lugar prepara-se o altar ou a mesa do Senhor, que é o centro de toda
liturgia eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o cálice e
o missal, a não ser que se prepare na credência”(IGMR 49).
b) Procissão das oferendas
Neste
momento, trazem-se os dons em forma de procissão. Lembrando que o pão e o vinho
representam o que é o homem e o que ele faz, esta procissão deve revestir-se do
sentimento de doação, ao invés de ser apenas uma entrega da água e do vinho ao
sacerdote.
c) Apresentação das oferendas a Deus
O
sacerdote apresenta a Deus as oferendas através da fórmula: Bendito
sejais... e o povo aclama: Bendito seja Deus para sempre! Este
momento passa despercebido da maioria das pessoas devido ao canto do ofertório.
O ideal seria que todo o povo participasse desse momento, sendo o canto usado
apenas durante a procissão e a coleta fosse feita sem as pessoas saírem de seus
locais. O canto não é proibido, mas deve procurar durar exatamente o tempo da
apresentação das oferendas, para que o sacerdote não fique esperando para dar
prosseguimento à celebração.
d) A coleta do ofertório
Já
nas sinagogas hebraicas, após a celebração da Palavra de Deus, as pessoas
costumavam deixar alguma oferta para auxiliar as pessoas pobres. E de fato,
este momento do ofertório só tem sentido se reflete nossa atitude interior de
dispormos os nossos dons em favor do próximo. Aqui, o que importa não é a
quantidade, mas sim o nosso desejo de assim como Cristo, nos darmos pelo
próximo. Representa o nosso desejo de aos poucos, deixarmos de celebrar a
eucaristia para nos tornarmos eucaristia.
e) O lavar as mãos
Após
o sacerdote apresentar as oferendas ele lava suas mãos. Antigamente, quando as
pessoas traziam os elementos da celebração de suas casas, este gesto tinha caráter
utilitário, pois após pegar os produtos do campo era necessário que lavasse as
mãos. Hoje em dia este gesto representa a atitude, por parte do sacerdote, de
tornar-se puro para celebrar dignamente a eucaristia.
f) O Orai Irmãos...
Agora
o sacerdote convida toda assembléia a unir suas orações à ação de graças do
sacerdote.
g) Oração sobre as Oferendas
Esta
oração coleta os motivos da ação de graças e lança no que segue, ou seja, a
oração eucarística. Sempre muito rica, deve ser acompanhada com muita atenção e
confirmada com o nosso amém!
2.
A Oração Eucarística
É na oração eucarística em que atingimos o ponto alto da celebração. Nela, através de Cristo que se dá por nós, mergulhamos no mistério da Santíssima Trindade, mistério da nossa salvação:
“A
oração eucarística é o centro e ápice de toda celebração, é prece de ação de
graças e santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao
Senhor na oração e na ação de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai
por Jesus Cristo em nome de toda comunidade. O sentido desta oração é que toda
a assembléia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na
oblação do sacrifício” (IGMR 54).
a) Prefácio
Após
o diálogo introdutório, o prefácio possui a função de introduzir a assembléia
na grande ação de graças que se dá a partir deste ponto. Existem inúmeros
prefácios, abordando sobre os mais diversos temas: a vida dos santos, Nossa
Senhora, Páscoa etc.
b) O Santo
É a
primeira grande aclamação da assembléia a Deus Pai em Jesus Cristo. O correto é
que seja sempre cantado, levando-se em conta a maior fidelidade possível à
letra da oração original.
c) A invocação do Espírito Santo
Através
dele Cristo realizou sua ação quando presente na história e a realiza nos
tempos atuais. A Igreja nasce do espírito Santo, que transforma o pão e o
vinho. A Igreja tem sua força na Eucaristia.
d) A consagração
Deve
ser toda acompanhada por nós. É reprovável o hábito de permanecer-se de cabeça
baixa durante esse momento. Reprovável ainda é qualquer tipo de manifestação
quando o sacerdote ergue a hóstia, pois este é um momento sublime e de profunda
adoração. Nesse momento o mistério do amor do Pai é renovado em nós. Cristo
dá-se por nós ao Pai trazendo graças para nossos corações. Daí ser esse um
momento de profundo silêncio.
e) Preces e intercessões
Reconhecendo
a ação de Cristo pelo Espírito Santo em nós, a Igreja pede a graça de abrir-se
a ela, tornando-se uma só unidade. Pede para que o papa e seus auxiliares sejam
capazes de levar o Espírito Santo a todos. Pede pelos fiéis que já se foram e
pede a graça de, a exemplo de Nossa Senhora e dos santos, os fiéis possam
chegar ao Reino para todos preparados pelo Pai.
f) Doxologia Final
É
uma espécie de resumo de toda a oração eucarística, em que o sacerdote tendo o
Corpo e Sangue de Cristo em suas mãos louva ao Pai e toda assembléia responde
com um grande “amém”, que confirma tudo aquilo que ela viveu. O
sacerdote a diz sozinho.
3. Rito da Comunhão
A oração eucarística representa a dimensão vertical da Missa, em que nos unimos plenamente a Deus em Cristo. Após alcançarmos a comunhão com Deus Pai, o desencadeamento natural dos fatos é o encontro com os irmãos, uma vez que Cristo é único e é tudo em todos. Este é o momento horizontal da Missa. Tem também esse momento o intuito de preparar-nos ao banquete eucarístico.
a) O Pai-Nosso
É o
desfecho natural da oração eucarística. Uma vez que unidos a Cristo e por ele
reconciliados com Deus, nada mais oportuno do que dizer: Pai nosso... Esta
oração deve ser rezada em grande exaltação, se for cantada, deve seguir
exatamente as palavras ditas por Cristo, quando as ensinou aos discípulos. Após
o Pai Nosso segue o seu embolismo, ou seja, a continuação do último
pensamento da oração. Segue aqui uma observação: o único local em que não
dizemos “amém” ao final do Pai Nosso é na Missa, dada a continuidade da oração
expressa no embolismo.
b) Oração pela paz
Uma
vez reconciliados em Cristo, pedimos que a paz se estenda a todas as pessoas,
presentes ou não, para que possam viver em plenitude o mistério de Cristo.
Pede-se também a Paz para a Igreja, para que, desse modo, possa continuar sua
missão. Esta oração é rezada somente pelo sacerdote.
c) O cumprimento da Paz
É
um gesto simbólico, uma saudação pascal. Por ser um gesto simbólico não
há a necessidade em sair do local para cumprimentar a todos na Igreja. Se todos
tivessem em mente o simbolismo expresso nesse momento não seria necessária a
dispersão que o caracteriza na maioria dos casos. Também não é permitido que se
cante durante esse momento, uma vez que deveria durar pouco tempo.
d) O Cordeiro de Deus
O
sacerdote e a assembléia se preparam em silêncio para a comunhão. Neste momento
o padre mergulha um pedaço do pão no vinho, representando a união de Cristo
presente por inteiro nas duas espécies. A seguir todos reconhecem sua pequenez
diante de Cristo e como o Centurião exclamam: Senhor, eu não sou digno de
que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo. Cristo
não nos dá apenas sua palavra, mas dá-se por amor a cada um de nós.
e) A comunhão
Durante
esse momento a assembléia dirige-se à mesa eucarística. O canto deve procurar
ser um canto de louvor moderado, salientando a doação de Cristo por nós. A
comunhão pode ser recebida nas mãos ou na boca, tendo o cuidado de, no primeiro
caso, a mão que recebe a hóstia não ser a mesma que a leva a boca. Aqueles que
por um motivo ou outro não comungam, por não se encontrarem devidamente
preparados (estado de graça santificante) é importante que façam desse momento
também um momento de encontro com o Cristo, no que chamamos de Comunhão
Espiritual. Após a comunhão segue-se a ação de graças, que pode ser feita em
forma de um canto ou pelo silêncio, que dentro da liturgia possui sua linguagem
importantíssima. O que não pode é esse momento ser esquecido ou utilizado para
conversar com quem está ao nosso lado.
f) Oração após a comunhão
Infelizmente
criou-se o mau costume em nossas assembléias de se fazer essa oração após os
avisos, como uma espécie de convite apressado para se ir embora. Esta oração
liga-se ainda a liturgia eucarística, e é o seu fechamento, pedindo a Deus as
graças necessárias para se viver no dia-a-dia tudo que se manifestou perante a
assembléia durante a celebração.
RITOS FINAIS
“O rito de encerramento da Missa consta fundamentalmente de três elementos: a saudação do sacerdote, a bênção, que em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela oração sobre o povo, ou por outra forma mais solene, e a própria despedida, em que se despede a assembléia, afim de que todos voltem ás suas atividades louvando e bendizendo o Senhor com suas boas obras” (IGMR 57).
a)Saudação
Para
muitos, este momento é um alívio, está cumprido o preceito dominical. Mas para
outros, esta parte é o envio, é o início da transformação do compromisso
assumido na Missa em gestos e atitudes concretas. Ouvimos a Palavra de Deus e a
aceitamos em nossas vidas. Revivemos a Páscoa de Cristo, assumindo também nós
esta passagem da morte para a vida e unimo-nos ao sacrifício de Cristo ao
reconhecer nossa vida como dom de Deus e orientando-a em sua direção.
b)Avisos
Sem
demais delongas, este momento é o oportuno para dar-se avisos à comunidade, bem
como para as últimas orientações do presidente da celebração.
c)Benção Final
Após,
segue-se a bênção do sacerdote e a despedida. Para alguns liturgistas, esse
momento é um momento de envio, pois o sacerdote abençoa os fiéis para que estes
saiam pelo mundo louvando a Deus com palavras e gestos, contribuindo assim para
sua transformação. Vejamos o porquê disso.
d)Despedida
Passando
a despedida para o latim ela soa da seguinte forma: “Ite, Missa est”.
Traduzindo-se para o português, soa algo como “Ide, tendes uma bênção e uma
missão a cumprir”, pois em latim, missa significa missão ou
demissão, como também pode significar bênção. Nesse sentido, eucaristia
significa bênção, o que não deixa de ser uma realidade, já que através da
doação de seu Filho, Deus abençoa toda a humanidade. De posse desta boa-graça
dada pelo Pai, os cristãos são re-enviados ao mundo para que se tornem
eucaristia, fonte de bênçãos para o próximo. Desse modo a Missa reassume todo
seu significado.
CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DOS CÂNTICOS LITÚRGICOS
Não é qualquer canto que se escolhe para as celebrações. Existem cantos litúrgicos (para as missas) e cantos mensagem (para outras ocasiões, encontros, etc...). As características do Canto litúrgico são:
1. Conteúdo
ou inspiração bíblica;
2. Qualquer
salmo cantado é litúrgico;
3. Deve ter
melodia fácil;
4. Todos os
cânticos litúrgicos são personalizados (ritmo próprio, letra própria e momento
próprio);
5. Ter
cuidado com as músicas destinadas às partes fixas da Celebração (Glória, Santo,
Pai Nosso, Cordeiro), pois cada um tem o seu conteúdo próprio e isto é da
Tradição da Igreja.
As características a serem levadas em consideração são:
1. Canto de entrada:
Letra: Deve ser um convite à celebração! Deve falar do motivo
da celebração.
Música: De ritmo alegre, festivo, que expresse a abertura da
celebração.
2. Canto penitencial:
De cunho introspectivo, a ser cantado com expressão de
piedade. Deve expressar confiança no perdão de Deus.
Letra: Deve conter um pedido de perdão, sem necessariamente seguir a fórmula do Missal.
Música: Lenta, que leve à introspecção. Sejam usados
especialmente instrumentos mais suaves.
3. Canto do glória:
Letra: O texto deve seguir o conteúdo próprio da Tradição da
Igreja.
Música: Festiva, de louvor a Deus. Podem ser usados vários
instrumentos.
4. Salmo Responsorial:
Letra: Faz parte integrante da liturgia da palavra: tem que
ser um salmo. Deve ser cantado, revezando solo e povo, ou, ao menos o refrão.
Pode ser trocado pelo próprio salmo cantado, porém nunca por um canto de
meditação.
Letra: Salmo próprio do dia
Música: Mais suave. Instrumentos mais doces.
5. Aclamação ao Evangelho:
Letra: Tem que ter ALELUIA (louvor a Javé), exceto na
Quaresma. É um convite para ouvir; é o anúncio da Palavra de Jesus. Deve ser
curto, e tirado do lecionário, próprio do dia.
Música: De ritmo vibrante, alegra, festivo e acolhedor. Podem
ser usados outros instrumentos.
6. Canto das oferendas:
É um canto
facultativo. A equipe decide e combina com o padre. Caso não seja cantado, é
oportuno um fundo musical (exceto Advento e Quaresma), até que as ofertas
cheguem até o altar, cessando então, para que se ouça as orações de
oferecimento que o padre rezará, então, em voz alta.
Letra: Não é
tão necessário que se fale de pão e vinho. Pode falar do oferecimento da vida,
etc...
Música: Melodia calma, suave. Uso de instrumentos suaves.
7. Santo:
É um canto vibrante por natureza.
Letra: Se possível seguir o texto original, indicado pela
Tradição da Igreja.
Música: Que os instrumentos expressem a exultação desse
momento e a santidade “Tremenda de Deus”. Deve ser sempre cantado.
8. Doxologia: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo”
É uma hora muito importante e solene. É o verdadeiro e próprio
ofertório da missa. É cantado apenas pelo Sacerdote. O AMÉM conclusivo, aí sim
cantado pelo povo é o mais importante da Missa e deve ser cantado ao menos aos
finais de semana.
9. Pai-Nosso:
Pode ser cantado, mas desde que com as mesmas e exatas
palavras da oração. Não de diz o Amém, mesmo quando cantado.
10. Cordeiro de Deus:
Pode ser cantado com melodia não muito rápida e sempre com as
mesmas palavras da oração.
11. Canto de Comunhão:
É um canto processional, para se cantar andando.
Letra: Preferência que tenha sintonia com o Evangelho e que
seja “Eucarística”.
Música: Processional, toada, balada, etc...
12. Ação de Graças:
Se for o caso, se canta dando graças, louvando e agradecendo o
encontro com o Senhor e com os Irmãos. No entanto, que se tenha tempo de
silêncio profundo e de adoração e intimidade com o Senhor. Instrumentos mais
doces e melodia lenta e que leve a adoração.
13. Canto final:
É para ser cantado após a Bênção Final, enquanto o povo se
retira da Igreja: é o canto de despedida.
Letra: Deve conter uma mensagem que levaremos para a vida, se
possível, referente ao Evangelho do dia.
Música: Alegre, vibrante. Podem ser usados outros
instrumentos.
O USO DO INCENSO NA MISSA
A incensação pode ter os seguintes significados:
1. Sagração das oblatas à imitação dos sacrifícios do AT;
2. Uma oferta simbólica das orações da Igreja;
3. Na Incensação das pessoas, vê-se uma participação coletiva
nos dons;
4. Símbolo de respeito e de veneração para com os dons;
5. Símbolo da Graça, o bom odor de Cristo, que d’Ele chega aos
fiéis pelo ministério do Sacerdote;
Usa-se o incenso na Liturgia da Missa nos seguintes momentos:
1. Ritos Iniciais: Na entrada à frente da Cruz processional e para a incensação do Altar e da Cruz;
2. Rito
da Palavra: À frente na procissão do Evangelho e na proclamação do mesmo;
3. Rito
Sacramental: Na incensação das Oferendas e do Altar e da Cruz, na
incensação da Igreja(Celebrante e Povo), e na Consagração;
A palavra "liturgia" é uma palavra da língua grega: LEITURGUIA de leiton-érgon que significa "ação do povo", "serviço da parte do povo e em favor do povo". Na tradição cristã, ele quer significar que o povo de Deus torna parte na "obra de Deus". Pela Liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção.
Edmilson Aparecido
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Edmilson Aparecido é autor de vários livros, comunicador, compositor.
Escreve artigos para vários, sites, blogs, jornais e revistas
Site Oficial: www.edmilsonaparecido.com
Contatos: contato@edmilsonaparecido.com
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