Um dos momentos mais difícil da catequese é a explicação do sexto
mandamento. Pois muitos pensam que o assunto está ultrapassado, já que a
mídia e os costumes estão cada vez mais liberais com relação ao sexo.
Outros cometem o absurdo de demonizar prazer e sexo, como se fossem
pecados em si. O que não é verdade!
O pior é que, para
uns e outros, castidade é sinônimo de não ter relação sexual. O que
também não é bem verdade. Há pessoas que não têm relação, mas nem por
isso são castas. O contrário também é válido. Castidade tem a ver com
sexo, mas vai além dele.
Castidade é integridade,
pureza auto-estima. A pessoa casta respeita si mesma, não se deixa usar
pelos outros. Preocupa-se com sua própria saúde tanto física como
mental. Por isso, tem cuidado com sua alimentação, higiene, e descanso,
lazer, espiritualidade, relações afetivas... A castidade é uma atitude
de cuidado, amor e respeito da pessoa consigo mesma. O pecado contra a
castidade é a agressão, com ou sem a colaboração de outras pessoas.
Toda
situação que traga danos à moral incluindo aí relações sexuais sem
respeito mútuos é contra a castidade, falta de higiene corporal e
mental, uso de álcool e drogas, direção perigosa, fanatismo, venalidade,
tudo isso é contra integridade física/moral da pessoa.
Como
vemos, o mandamento resume em sua formulação uma variedade de situações
que não podem ser reduzidas ao sexo fora do casamento. Muitas outras
atitudes em si mesmas boas —- comer, beber, divertir-se, malhar —-
tornam-se desumanas quando feitas de forma inadequada.
A
Tradição da lgreja ensina que sexo é bom entre marido e mulher. Sexo
com qualquer um e fora do contexto permitido é que deixa de ser saudável
e pode se tornar problema.
Ser casto implica aprender
a justa medida das coisas e desenvolver atitudes de equilíbrio,
autocontrole e, acima de tudo, auto-estima.
Então:
Castidade significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a
aprendizagem do domínio pessoal. Entre os pecados gravemente contrários à
castidade citamos: a masturbação, a fornicação (adultério), a
pornografia e as práticas homossexuais (masculinas e femininas). O
adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre (maritalmente, isto
é, viver como marido e mulher sem serem casados) são ofensas graves
contra o 6º mandamento, pois é um pecado contra a pureza do corpo. A
união entre o homem e a mulher é realizada somente pelo Sacramento do
Matrimônio.
DEUS não fez o homem e a mulher para ficarem sozinhos.
(cf Gn2,18)
Por isso, é natural que o homem e a mulher gostem de ficar juntos.
Eles precisam um do outro para formar uma família. Mas precisamos ter
clareza quando e como vamos utilizar deste direito.
O
amor humano precisa ser purificado, amadurecer e ir mais além de si
mesmo, para poder ser plenamente humano, para ser princípio de uma
alegria verdadeira e duradora, para responder àquela exigência de
eternidade que leva dentro de si e à qual não pode renunciar sem se
trair. Para a Igreja o sexo é algo querido por DEUS, se não o fosse ele
não seria parte da natureza humana.
O que a Igreja
prega é a abstinência sexual antes do casamento. A Igreja entende que o
ato sexual é reservado aos casados. Mas isso não quer dizer que o ato
sexual é visto como mal pelos católicos.
Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica, documento oficial que resume a doutrina católica:
"Os
atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e
dignos. Quando realizados de forma verdadeiramente humana, significam e
favorecem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o
coração alegre e agradecido. A sexualidade é fonte de alegria e de
prazer. O próprio Criador estabeleceu que nesta função (i.é, de geração)
os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito.
Portanto os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer" (CIC,
parágrafo 2362).
Fica claro que a Igreja vê o sexo
como algo belo, desde que realizado corretamente. Já o celibato é a
renúncia de uma vida matrimonial para se buscar uma vivência mais forte
do evangelho, dedicando-se exclusivamente à causa de Cristo. Isto também
é muito bem visto pela Igreja e foi o caminho escolhido pelos padres,
bispos, freiras, etc. À exemplo de JESUS.
“ Falando em
castidade. É evidente que a constituição psicológica do homem e da
mulher exige mútua complementaridade. Quando DEUS vivo e verdadeiro
ocupa, viva e completamente, um coração virgem, nesse caso deixam
existir necessidades complementares, porque o coração está ocupado e
“realizado” completamente. Mas, quando DEUS, de fato, não ocupa
completamente um coração consagrado, então nasce imediatamente a
necessidade de com plementaridade. Os freudianos (psicanálise) estão
radicalmente incapacitados de entender o mistério da virgindade, porque
sempre partem de um pressuposto materialista e, por conseguinte ateu.
Não têm autoridade, falta-lhes a “base” da experimentação e, por
conseguinte. “rigor científico”, para entender a “realidade” (virgindade
“em” DEUS) que é essencialmente inacessível, e mesmo inexistente para
eles.
A virgindade sem DEUS - sem um DEUS vivo e
verdadeiro — é um absurdo humano, sob qualquer ponto de vista. A
castidade sem DEUS é sempre repressão e fonte de neurose. Mais
claramente: se De não está vivo em um coração consagrado, nenhum ser
normal neste mundo pode ser virgem ou casto, pelo menos no sentido
radical desses dois conceitos. Só é capaz de despertar harmonias
imortais no coração solitário e silencioso de uma virgem. Dessa maneira,
DEUS, sempre prodigioso, origina o mistério da liberdade. O coração de
um verdadeiro virgem é, essencialmente, liberdade. Um coração consagrado
a DEUS em virgindade — e habitado de verdade por sua presença — nunca
vai permitir, não “pode” permitir que seu coração fique dependente de
alguém.
Esse coração virgem pode e deve amar
profundamente. mas permanece sempre senhor de si mesmo. E isso porque
seu amor é fundamentalmente um amor oblaltivo e difusivo. O afeto
meramente humano pode esconder diferentes e camufladas doses de egoísmo,
tende a ser exclusivo e possessivo. É difícil, quase impossível, amar a
todos quando se ama uma só pessoa. O amor virginal tende a ser oblativo
e universal. Só a partir da pIataforma de DEUS podemos desdobrar as
grandes energias, oferecidas ao Senhor, para com todos os irmãos. Se um
virgem não abre suas capacidades afetivas a serviço de todos estamos
diante de uma vivência frustrada e, conseqüentemente, falsa da
virgindade.
É por isso que a virgindade é liberdade, Um
coração virgem não pode permitir que pessoa alguma domine ou absorva
esse coração, mesmo quando amar e for amado profundamente por DEUS é
liberdade nele. É possível que o sinal inequívoco da virgindade esteja
nisto: não cria e dependências nem fica dependente de ninguém. Aquele
que é livre — virgem — sempre liberta, amando e sendo amado. É DEUS quem
realiza esse equilíbrio. Assim foi JESUS.
Se DEUS é o
mistério e a explicação da virgindade, poderíamos concluir que, quanto
mais virgindade, mais plenitude de DEUS, e mais capacidade de amar.
Maria é cheia de graça porque é plenamente virgem. A virgindade, além de
liberdade, é plenitude.
Maria é uma profunda solidão -
virgindade — povoada completamente pelo Senhor DEUS. DEUS a completa e
acalma. O Senhor nela habita plenamente. Essa figura humana que aparece
nos evangelhos, tão plena de maturidade e de paz, atenta e serviçal para
com os outros, é o fruto da virgindade vivida na perfeição”. O Silêncio
de Maria – Inácio Larranaga
Neste mandamento é bom
citar outras faltas tais como: falar palavrão, usar roupas apertadas ou
curtas demais.(Diante da sociedade) Olhar ou ler revistas que tem cenas
de homens e mulheres nus, emprestar estas coisas aos outros, casar
somente por interesse financeiro é pecado grave.
Ser casto é ser fiel ao seu estado de vida, isto é, se é casado, viver como casado fiel ao seu cônjuge, se é solteiro, viver como solteiro.
Edmilson Aparecido
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Edmilson Aparecido é autor de vários livros, comunicador, compositor.
Escreve artigos para vários, sites, blogs, jornais e revistas
Site Oficial: www.edmilsonaparecido.com
Contatos: contato@edmilsonaparecido.com
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