A Lepra e a Solidão

“Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero; sê purificado! No mesmo instante desapareceu dele a lepra”. (São Lucas 5, 13)

No tempo de Jesus, a lepra era tida como uma das piores (se não a pior) doença. O medo do contágio era tanto, que se em uma casa aparecesse mofo nas paredes, o sacerdote era chamado, ele raspava aquele mofo (que na mentalidade da época poderia se tratar de lepra) A casa era observada e se por um acaso o mofo voltasse a aparecer com o tempo, acreditava-se que realmente era lepra, portanto, aquela casa era tida como impura e tinha que ser derrubada.

A pessoa que contraía esse mal era obrigada a viver a margem da sociedade, isolada de tudo e de todos. Tinha ainda que ficar fora da cidade e se alguém tentasse se aproximar deveria gritar “Impuro! Impuro!” (Levítico 13,45) para evitar que outros também pegassem a doença.

Imagine só, além de sofrer pelas dores próprias dessa enfermidade, a pessoa ainda sofria pela dor da solidão.

Foi assim na vida daquele leproso, que sofria com sua enfermidade, que sofria de solidão. Jesus chegou e fez o que ninguém ousava fazer: se aproximou do leproso. Mais do que isso, ele tocou no leproso e ao invés de ficar “impuro” e contrair a doença Ele transmitiu a cura e libertou aquele homem duplamente: primeiro o libertando da solidão ao se aproximar dele, depois o libertou das dores da enfermidade.

A lepra, também chamada de Hanseníase, ainda hoje existe, só que em nossos dias, com o avanço da medicina, essa enfermidade tem tratamento e até cura. Mas e a solidão?

Existem pessoas que vivem rodeadas de gente o tempo todo, porém, são as pessoas mais solitárias do mundo.

Jesus vem ao nosso encontro, pois, Ele tem compaixão. Que você não se sinta sozinho, pois, Ele está contigo.

Pessoas nos decepcionam, Cristo nos consola e nos liberta.


 
Edmilson Aparecido

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Edmilson Aparecido é autor de vários livros, comunicador, compositor. 
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